José Aníbal reforça o desejo de São Paulo de utilizar o gás da Bacia de Santos para reduzir custo da indústria
José Aníbal reforça o desejo de São Paulo de utilizar o gás da Bacia de Santos para reduzir custo da indústria
Secretário de Energia participou da 14ª reunião do CEPG – Conselho Estadual de Petróleo e Gás, na tarde desta terça-feira, dia 16, que discutiu a exploração dos recursos no litoral paulista
“Não queremos mais que a indústria de São Paulo utilize o gás boliviano. Queremos que a produção no estado possa se servir do gás natural da Bacia de Santos”. A afirmação do secretário de Energia, José Aníbal, aconteceu na tarde desta terça-feira (16), durante a abertura da 14ª reunião do CEPG – Conselho Estadual de Petróleo e Gás.
José Aníbal aproveitou a presença do gerente geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Santos, da Petrobrás, Osvaldo Kawakami, para reforçar o pedido. “Nossa indústria continua utilizando o gás de origem boliviana e queremos pelo gás produzido na costa paulista”. O secretário de Energia lembra que Pernambuco e Rio de Janeiro já recebem o gás natural produzido no litoral de seus estados, que chega para a indústria 20% mais barato.
Em sua explanação sobre como está sendo a implantação da estrutura da Petrobrás na Baixada Santista, Kawakami, falou dos investimentos na casa dos R$ 240 bilhões, para todo o projeto do pré-sal e da expectativa de produção de 4,2 milhões de barris de petróleo/dia, até 2020. Para alcançar esta meta, serão implantadas mais 22 novas plataformas do tipo FPSOs (embarcações), além das cinco já existentes e mais de 6.600 pessoas estarão trabalhando off shore e na sede da estatal, em Santos, até a mesma data.
José Aníbal destaca que utilização do gás natural vindo da Bacia de Santos ampliaria a competitividade de setores como o do vidro, “cujo peso do gás no custo de produção representa cerca de 35% do total. “Há ainda dois projetos de termoelétricas a gás natural para serem implantadas, uma da AES Tietê e outra da AES Eletropaulo, ambas com capacidade para 500 megawatts, mas a Petrobras ainda não deu garantias de que este fornecimento de gás da Bacia de Santos pode se ampliar.
O secretário lembrou que a própria Comgás também já fez este pedido junto a Petrobrás e o próprio governador Geraldo Alckmin mantém contato com a presidência da empresa, para tentar alcançar esta meta. Ele também destacou a importância do conselho, que vem acompanhando o crescimento de todo este processo de exploração do petróleo e gás da Bacia de Santos, dando suporte quanto às demandas com a Petrobras.