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José Aníbal discursa na Câmara dos Deputados pela última vez na atual legislatura

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Deputado federal no exercício do quinto mandato, José Aníbal fez seu último pronunciamento na Tribuna da Câmara dos Deputados, no Grande Expediente da tarde desta quinta-feira, 18. Ele fez uma retrospectiva de sua passagem pela Casa, desde as lutas pela aprovação das medidas que deram base ao Plano Real, em 1993, até a oposição ao atual governo do PT.

Aníbal destacou a “capacidade de reação e transformação da nação brasileira”, desarticulada pela então recente ditadura e com um país à deriva após o impeachment de Collor. Com o governo de transição de Itamar Franco e a eleição de Fernando Henrique Cardoso no ano seguinte, “o Brasil mudou, demos um salto de institucionalização, impulsionado pelas medidas aprovadas – quebra dos monopólios, Lei de Responsabilidade Fiscal, expansão dos serviços públicos, acabamos com a inflação, o Brasil recuperou sua capacidade de crescer”, afirmou.

O deputado criticou a atual gestão da presidente da República e afirmou que Dilma radicalizou o que havia de pior no governo Lula. “O que a Dilma fez com o setor elétrico foi uma insanidade, já são mais de R$ 100 bilhões de prejuízo com a MP 579 decretada de forma autocrática. Esse atual governo é uma colcha de retalhos, o Estado está comido por parasitas, a economia em ruínas. Para encobrir o desastre das contas públicas, derrubam a Lei de Responsabilidade Fiscal e acabam com a credibilidade do país, é uma esquizofrenia”, complementou.

José Aníbal ainda cobrou esclarecimentos de Dilma sobre os escândalos de corrupção na Petrobras. “A presidente tem que esclarecer o caso Petrobras ao povo brasileiro, ela que tanto adora a cadeia nacional de rádio e televisão, precisa vir a público explicar como não sabia dos malfeitos na empresa sendo presidente do Conselho da estatal”, disse.

O deputado finalizou seu discurso enaltecendo a política como forma de elevação e afirmou que continuará trabalhando pelo crescimento do Brasil. “Precisamos mudar muito mais, dar continuidade às reformas interrompidas, com vigor e ética. Mesmo não estando mais no Parlamento, seguirei combatendo o atraso político, sempre com transparência, integridade e compromisso com a democracia, foi assim que construí meus 45 anos de vida pública”, encerrou.