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O diálogo com a juventude é o oxigênio que falta à política

As transformações no mundo promovidas pela tecnologia digital são tão fascinantes quanto desafiadoras: o uso e a privacidade de informações pessoais colhidas por empresas e por governos; as profissões que serão extintas e as que ainda estão por surgir; as relações sociais do mundo real versus as das redes virtuais. Na política, a democracia representativa se vê, de um lado, questionada por uma legítima demanda da sociedade por maior diálogo e transparência e, do outro, pressionada pela perigosa ascensão de discursos…

Tábuas duras

"A política é como a perfuração lenta de tábuas duras." Recorro à citação de Max Weber por ver nela a melhor definição do debate sobre a Previdência. Nenhum tema hoje exige mais paixão e perspectiva, como definiu o sociólogo alemão há um século em "A Política como Vocação", do que discutir a sustentabilidade fiscal do sistema de aposentadorias e pensões. Precisamos mostrar as injustiças provocadas pelas atuais regras e explicar que, sem a reforma, o Brasil estará fadado a preservar privilégios e desigualdades. Na era…

Um parto difícil, mas indispensável

Toda análise precisa de uma perspectiva bem fundamentada, para que se saiba onde estávamos, onde estamos e, principalmente, traçar aonde queremos ir. E só se pode ter êxito no Brasil de hoje quando se consegue aprumar a racionalidade em meio ao ambiente turvo herdado do lulopetismo. Perspectiva era tudo o que não havia nos estertores da passagem de Dilma Rousseff pelo Palácio do Planalto. Quando começou a ser afastada, nas votações de abril de 2016, na Câmara dos Deputados, e de maio, no Senado, a então presidente já não…

Um compromisso inegociável com a credibilidade nas contas públicas

A decisão do governo federal de contingenciar R$ 42,1 bilhões do orçamento de 2017 não é uma medida inédita, mas neste ano carrega um simbolismo louvável. Reforça o compromisso com a transparência da gestão das contas públicas, num nítido e salutar contraste com as contabilidades criativas do governo passado, e reitera como a recuperação da credibilidade e da confiança no Brasil é missão primordial para reconstruir a economia nacional e retomar a geração de emprego e renda. Responsabilidade fiscal não deveria ser uma…

A inspiração da liderança e os grilhões do passado

Abril está prestes a ter início com os olhos do mundo voltados para a França. Está em curso a reta final da campanha a presidente cujo resultado, a exemplo de outros momentos históricos do país, pode servir de referência e de inspiração para outras nações – inclusive para o Brasil –, principalmente depois de uma nebulosa ofensiva populista e retrógrada vista nos últimos meses nas mais diferentes partes do planeta. Contra os grilhões do anacronismo, nada mais libertador que a força da inovação e a inspiração da liderança.…

O que o Brasil quer da gente? Coragem!

A referência a João Guimarães Rosa não poderia ser mais atual e representativa do Brasil de hoje e dos desafios políticos e econômicos à nossa frente. Enfrentar o "embrulha tudo" ainda mais forte dos nossos tempos, que corre em permanente transformação, repleto de inovações, mas também do que se convencionou como "pós-verdade", exige tanta coragem quanto a aridez do grande sertão. É preciso coragem para tomar as decisões fundamentais, no sentido mais literal da palavra, que darão início a um ciclo consistente de…

Duas esquerdas e os desafios do presente

Em meio às crises e incertezas do presente, pode parecer estranho voltar os olhos para o passado aparentemente longínquo. Mas é o que farei aqui, por motivos que espero deixar claros ao final. Neste mês a Revolução Russa faz cem anos. Ela começa com a deposição do czar Nicolau II, em fevereiro, e desemboca na insurreição bolchevique de outubro de 1917. Vitoriosos, os bolcheviques dissolvem a Assembleia Constituinte recém-eleita, na qual são minoritários, e começam a implantar a "ditadura do proletariado", que logo…

Quatro anos, quatro premissas

Janeiro é a época de colocar em ação os planos e esperanças renovadas nas festas de fim de ano. Mais ainda neste 2017, em que deixamos para trás um ano difícil, mas que deixou claro o quanto a política e a administração pública devem ser pautadas pela responsabilidade e integridade com o dinheiro público, pelo diálogo franco e direto com a população, pela sensibilidade com os desafios sociais de um Brasil ainda injusto, violento, desigual e com muita pobreza. Podemos novamente voltar a acreditar num rumo para uma sociedade…