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Aníbal discute política com o Fórum PSDB Mulher

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Aníbal discute política com o Fórum PSDB Mulher

No Fórum de Projetos de Participação Social do PSDB Mulher, Aníbal debateu o papel das ideias na política contemporânea

As ideias enquanto ponto de encontro dos anseios coletivos. Com esta pauta o secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, iniciou o ciclo de discussões junto ao Fórum de Projetos de Participação Social do PSDB Mulher na última terça-feira, dia 14 de junho, no Plenarinho Prestes Maia, na Câmara Municipal da capital.

Diante de um público majoritariamente feminino, José Aníbal abriu sua palestra salientando a capacidade de mobilização numa cidade como São Paulo, onde a sub-representação política – há na capital cerca de 130 mil eleitores para cada vereador – acabou gerando uma ampla rede de debate social fora dos meios tradicionais. São os conselhos, agremiações de bairro, grupos de discussões em igrejas, ONGs, clubes e tribos em geral.

“Isso é a grande vitalidade de São Paulo, e eu acho que o poder público não consegue se comunicar adequadamente com esta energia criativa da cidade. é preciso dialogar, e a partir daí, construir políticas públicas de melhor qualidade para a cidade. A inteligência e a criatividade estão mais presentes fora das estruturas, assim como a capacidade de desafiar, de ousar”, disse o secretário.

Consumo de drogas, direito à informação e as mudanças na forma de se fazer política no mundo contemporâneo também foram debatidos. Para Aníbal, bons exemplos da mudança na forma como se dá a politização coletiva hoje em dia são as revoltas árabes e as manifestações contra a recessão econômica em alguns países europeus.

“Numa, os jovens querem votar; na outra, afirmam que o voto não serve para nada”, disse Aníbal, reproduzindo a observação feita pelo ex-primeiro ministro espanhol, Felipe Gonzalez. “Os temas de hoje obrigam os políticos a se recriarem. O enfrentamento dos problemas naturalmente deverá estar associado às políticas de informação, de qualificação e de mobilização coletiva”, completou.

No caso brasileiro, José Aníbal reforçou o papel da política enquanto mediadora das demandas sociais, cuja ferramenta básica continua sendo o diálogo. “Lula ganhou quando o prato estava feito. O PT é conservador. Não fez nenhuma reforma. Nós vivemos no presidencialismo de coalizão. O chefe do executivo deve discutir com o parlamento, e não falo sobre cargos, mas sobre a relevância das matérias. Nós negociamos, durante o governo Fernando Henrique, todos os dias”, disse.

Para o secretário tucano, o PT trocou a discussão com a sociedade pelo aparelhamento da máquina pública, dos sindicatos e dos movimentos sociais. “O aparelhamento tira a seiva do movimento, o senso crítico, a capacidade de pensar”. Ainda assim, Aníbal disse acreditar que a transformação do país é inevitável, uma vez que a mobilização surge das próprias contradições sociais.

“Esta cabeça do Brasil a gente precisa entender, independente de viseira ideológica. Senão você não vai entender como as pessoas estão pensando”, disse. “Hoje o Brasil é uma sociedade que está cada vez mais disposta a empreender, ou seja, ao risco. O aparelhamento ganha eleição, mas não constrói um país. Eu confio no espaço de poder que temos, no espaço de palavra, na massa crítica que nós ainda somos capazes de reunir”, concluiu.