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9 de Julho de 1932: Revolução Constitucionalista

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9 de Julho de 1932: Revolução Constitucionalista

Resistência de São Paulo à tirania de Getúlio Vargas completa 80 anos

Com o golpe militar de 24 de outubro de 1930, que encerrou a chamada República Velha e instalou Getúlio Vargas no poder, todas as instituições legislativas foram abolidas, desde o Congresso Nacional até as Câmaras Municipais. Os governadores dos estados foram depostos e para suas funções foram nomeados interventores.

O sentimento geral em São Paulo era de que a chamada Revolução de 1930 havia sido feita contra o estado, uma vez que o Governo Provisório de Vargas impediu a posse do presidente paulista recém-eleito, Júlio Prestes. O Partido Republicano Paulista e o Partido Democrático de São Paulo uniram-se em fevereiro de 1932, na chamada “Frente única”, para exigir o fim da ditadura do Governo Provisório e a elaboração de uma nova Constituição.

O estopim da revolta foi a morte de cinco jovens no centro da cidade de São Paulo, assassinados a tiros por partidários do governo Vargas em 23 de maio de 1932. Esse fato levou à união de diversos setores da sociedade paulista em torno do movimento constitucionalista. No dia 9 de julho eclodiu o movimento revolucionário, com os paulistas acreditando possuir o apoio de outros Estados, notadamente Minas Gerais, Rio Grande do Sul e do sul de Mato Grosso para a derrubada de Getúlio Vargas, o que acabou não ocorrendo.

Pedro de Toledo, proclamado governador de São Paulo, foi o comandante civil da revolução constitucionalista. A população foi conclamada pela “Junta Revolucionária” a se alistar para a luta contra a ditadura. Alistaram-se 200 mil voluntário, sendo 60 mil os que efetivamente lutaram nas fileiras do exército constitucionalista.

Em outubro de 1932, após três meses de luta, dobrados ante a esmagadora superioridade material das tropas getulistas, os paulistas se rendem. Porém, o desafio à tirania forçou o Governo Provisório, dois anos mais tarde, a outorgar uma nova Constituição. Desde então, o 9 de julho é comemorado como símbolo da resistência, do heroísmo, da coragem e da soberania do povo de São Paulo.