Apresentado pelo Instituto Teotônio Vilela no fim de novembro, o documento Gente em Primeiro Lugar: o Brasil que Queremos tem recebido colaborações, críticas e sugestões pela internet. O texto, elaborado sob coordenação do presidente do ITV, José Aníbal, é uma proposta de atualização das diretrizes do PSDB e tem como objetivo estimular o debate em torno do programa dentro e fora do partido.
Dois em cada três internautas que enviaram suas colaborações online concordam parcial ou totalmente com as linhas gerais de Gente em Primeiro Lugar (veja gráfico abaixo). De todas as seções do documento, a que mais obteve adesão, com 77% de concordância total, é “Pelas reformas, contra os privilégios”, o que reforça o caráter reformista do documento e a associação do PSDB com bandeiras como a reforma da Previdência e a tributária, ambas defendidas pelo texto.
Também recebem amplo apoio dos internautas – tanto filiados ao PSDB (83% dos respondentes) quanto não filiados (17%) – as seções voltadas ao meio ambiente (Sustentabilidade, passaporte para o futuro) e à educação (Educação, a causa nacional).
A servidora pública Francisca Alves de Sousa sugeriu ao capítulo ambiental a inclusão do desenvolvimento do turismo sustentável como forma de preservação e estímulo regional. O autônomo e estudante de ciências contábeis Antonio Valmir dos Santos lembrou que “países ricos investiram muito na educação” e que isso é determinante para o Brasil que todos desejamos.
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Tamanho e papel do Estado
As duas seções do documento dedicadas ao crescimento econômico e ao papel do Estado, pela própria natureza dos temas, são as que mais suscitam engajamento dos colaboradores. Ambas (“O Estado que precisamos” e “Crescimento, combate à desigualdade e oportunidades para todos”) tem o mesmo índice de concordância total ou parcial com o teor do texto (63%) e porcentuais quase idênticos (28% e 31%, respectivamente) de discordância total ou parcial.
O profissional de TI Mauricio Antonio de Paula defendeu um “Estado menos burocrático, alinhado com as novas tecnologias” e mais capacitação para os gestores públicos. O estudante de Direito Marcos Campos é favorável a que o PSDB “assuma uma ampla pauta de privatização e liberalização da economia”. Assim como ele, outros colaboradores advogam por uma menor interferência estatal nas atividades econômicas e uma defesa incondicional do PSDB à reforma da Previdência.
O documento do ITV faz uma clara defesa do parlamentarismo e da adoção do sistema distrital misto como bandeiras que devem ser ostentadas pelo PSDB na renovação de suas diretrizes, às vésperas de completar 30 anos de fundação. Muitas das sugestões recebidas vão no mesmo sentido. Também foram recebidas sugestões relacionadas a políticas para a saúde e a segurança, que serão levadas ao debate partidário em congresso a ser realizado pelo PSDB em 2018.
*Do Instituto Teotônio Vilela