Em reunião ampliada da Executiva Nacional realizada nesta segunda-feira (12), o PSDB decidiu manter seu apoio ao governo em favor da estabilidade política e econômica. Estiveram presentes os quatro ministros tucanos: Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Luislinda Valois (Direitos Humanos); os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, de Goiás, Marconi Perillo, e do Pará, Simão Jatene; os prefeitos de São Paulo, João Dória, e de Manaus, Arthur Virgílio; o presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal, além de representantes da bancadas federais e presidente de diretórios estaduais.
O presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV), José Aníbal, lembrou que as discussões internas servem para consolidar a independência e a necessidade de buscar caminhos que construam um país melhor. “Não quero estar dissociado da recuperação da economia”, ressaltou. Em entrevista à Rádio CBN, Aníbal reafirmou que o que deve nortear decisão sobre saída do governo é a capacidade de governabilidade do presidente e o compromisso com a recuperação econômica. (Saiba mais)
“O PSDB em toda sua trajetória sempre pensou no Brasil. O partido é soberano e vai pensar no Brasil”, afirmou o ministro Imbassahy.
Para a ministra dos Direitos Humanos, o momento é de cautela e pensar no país como um todo. “Todos nós, brasileiros, temos de pensar no Brasil. Como magistrada, sempre fui prudente”, disse Luislinda Valois.
Reformas
O prefeito de São Paulo, João Dória, disse que a posição do PSDB foi baseada na necessidade de preservar a economia e as reformas que são essenciais ao país. “Majoritariamente, a posição foi favorável à manutenção do apoio ao Brasil, proteção ao Brasil”, afirmou ele. “Não houve aqui definição para proteção e apoio ao governo Temer, mas, sim, proteção ao Brasil, às reformas, ao processo de recuperação econômica do país.”
Dória afirmou que o PSDB não vai dar um “cheque endossado” até o final do governo Temer, e sim avaliar a posição de manter o apoio ao Palácio do Planalto diariamente. “O PSDB não fecha a discussão aqui, apenas tomou posição favorável aos ministros e à proteção ao Brasil. Mas isso não significa que a posição não será reavaliada.”
O senador José Serra (PSDB-SP) ressaltou que, por ter quadros de excelência, o PSDB é referência nas posições que assume, daí a importância de valorizar a responsabilidade e o equilíbrio político e econômico do país. Segundo ele, há “harmonia” na legenda.
“Harmonia essa que se concentra na questão da unidade, renovação das ideias e propostas para o Brasil”, destacou o senador. “Nós vamos completar, no ano que vem, 30 anos, mas sempre com o compromisso essencial com o Brasil, com o desenvolvimento, com a consolidação da democracia, a renovação”, afirmou Serra.
Responsabilidade
O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), defendeu a responsabilidade como palavra de ordem para o momento de turbulência em que país vive. “A grande meta do Brasil é gerar renda, gerar recursos. O PSDB sempre assumiu grandes responsabilidades, não será agora que vai virar as costas para o Brasil”, ressaltou ele.
Para o presidente do diretório estadual do Rio de Janeiro, o deputado Otávio Leite, é fundamental que o PSDB permaneça na base aliada para contribuir para as melhorias do país. “Todos temos o compromisso com as reformas. Temos um horizonte e vamos reinventá-lo. Há um bem maior, que é a unidade do partido, é preciso ter paciência”, apelou.
Com informações do ITV.