Business is booming.

José Aníbal fala de Economia Criativa aos alunos da Unisantana

9

José Aníbal fala de Economia Criativa aos alunos da Unisantana

Segundo deputado, São Paulo tem vocação para a inovação e a criatividade

“A Economia Criativa não são as atividades que agregam valor ao produto por meio da criatividade, mas sim aquelas cujo objetivo final é a própria inovação”. Assim o deputado José Aníbal abriu a palestra sobre Economia Criativa para 450 alunos de Administração, Economia, Engenharia e Computação da Unisantana na noite da última quinta, 20 de outubro.

Citando o exemplo de Steve Jobs, que fez da inovação todo o negócio da Apple, José Aníbal detalhou os números da atividade em São Paulo, destacando a vocação da cidade para a ciência, pesquisa e soluções criativas. “40% dos empregados em Economia Criativa no Brasil estão em São Paulo. Os empregos nesta atividade crescem 50% mais rápido do que na economia tradicional. Quase 10% do PIB da cidade já vem da Economia criativa”, disse.

Pesquisa, design, moda, publicidade, arte, gestão de marcas, logística, recursos humanos, métodos de gestão, entre outras atividades, compõem as áreas de interesse da Economia Criativa. Para José Aníbal, há dados animadores e outros preocupantes no que se refere à expansão da atividade. Por um lado, em 2007, pela primeira vez, foram vendidos mais computadores do que televisores no Brasil. A cultura digital atinge hoje quase 50% dos brasileiros. As classes C, D e E já são maioria na internet brasileira.

Por outro lado, os indicadores educacionais de São Paulo vêm caindo. Em 2010, a cidade era apenas a 10ª colocada no ranking de alfabetização entre as capitais. Entre 2000 e 2010, a renda média dos paulistanos cresceu apenas 4% acima da inflação, enquanto nas demais capitais o crescimento foi de 37% em média. A balança de pagamentos de São Paulo também caiu: de um superávit de US$ 1 bilhão em 2003 para um déficit de US$ 7,9 bilhões no ano passado.

“é preciso expandir o ensino técnico profissionalizante, criar programas de inclusão digital, incentivar a instalação de centros de pesquisa de empresas na cidade e estimular incubadoras voltadas para tecnologia e para inovação”, disse o deputado. Segundo ele, uma vez mantida a curva de crescimento da atividade, em breve a Economia Criativa terá tanta importância para o PIB da cidade como têm hoje para Londres.

“Em São Paulo, o saber sempre esteve a serviço do fazer. No mundo de hoje, conhecimento significa capital intelectual, valor agregado, riqueza, renda. Temos tudo ao alcance da mão. São Paulo é uma das cidades de empreendedores. A inovação está em nosso DNA. Não podemos desperdiçar nossas vantagens competitivas, que sempre estiveram relacionadas com o conhecimento, com a pesquisa, com a educação”, concluiu.