José Aníbal defende investimento em renováveis na ADVB
Para o secretário, os investimentos e a geração de energia a partir de fontes renováveis estão aquém do potencial nacional
O secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, defendeu os investimentos em fontes renováveisl em debate realizado na Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing (ADVB) na última segunda-feira, dia 4 de julho. Para o secretário, as energias renováveis são “hoje um dos principais fatores de atração do capital externo para o país”.
Segundo José Aníbal, os países do G20 devem investir US$ 1,7 trilhão em energias renováveis na próxima década. Só no ano passado, o setor cresceu 30% em relação a 2009, totalizando US$ 243 bilhões em investimentos. “Se formos apenas considerar os dias úteis do ano, chegou-se a aplicar US$ 1 bilhão diariamente em energias renováveis. O desafio é realmente extraordinário”, disse.
Porém, Aníbal salientou que o Brasil, mesmo sendo líder mundial em potencial para biomassa e PCHs, além de possuir um vasto campo para a expansão das energias solar e eólica, ocupa apenas o sexto lugar no ranking de investimentos em renováveis. No ano passado, foram investidos aqui US$ 7,6 bilhões, o que gerou de 14 gigawatts (GW) de energia – número aquém do potencial nacional.
Para o secretário, o desafio de São Paulo na área energética é aumentar a potência instalada sem sujar a matriz energética – hoje, uma das mais limpas do mundo. Porém, como o potencial para grandes empreendimentos hidroelétricos no estado já está esgotado, é necessário buscar alternativas competitivas e limpas para geração de energia. Para o secretário, a fonte mais promissora é a bioeletricidade do bagaço de cana. O motivo? A racionalidade da cadeia produtiva da cana de açúcar.
Segundo José Aníbal, não bastasse o potencial do setor sucroenergético em São Paulo, que até 2020 pode gerar 14 GW, a eletricidade produzida é limpa, renovável, e está disponível justo na época do ano em que se registram as baixas nos reservatórios das usinas hidroelétricas. O tempo de retorno do investimento em plantas geradoras de bioeletricidade é a metade do investido no setor industrial, e as usinas ainda podem negociar créditos de carbono nas bolsas de valores. “é ou não é a energia do futuro?”, concluiu o secretário.