Na primeira semana de trabalhos do Congresso Nacional após as eleições municipais, o senador José Aníbal subiu à Tribuna do Senado nesta terça-feira (4) para comentar o resultado do pleito e pedir celeridade na aprovação de reformas. O tucano enalteceu a expressiva votação obtida pelo PSDB no último domingo (2), comentou a derrocada do PT ratificada pelas urnas e reiterou que é urgente a aprovação de reformas para o Brasil recuperar sua credibilidade e trazer de volta o investimento e o emprego.
‘Onda azul’
A partir de 1° de janeiro de 2017, pelo menos 793 municípios terão prefeitos do PSDB. Outras 19 cidades com mais de 200 mil eleitores também poderão vir a ser administradas pelo partido, a depender dos resultados do segundo turno, que será realizado em 30 de outubro. Com isso, o PSDB já garantiu aumento de 14% no número de prefeituras em relação ao pleito passado. No primeiro turno das eleições, os candidatos tucanos a prefeito receberam 17,6 milhões de votos.
Aníbal destacou em seu discurso as eleições em primeiro turno do prefeito Firmino Filho, de Teresina, que comandará a cidade pela quarta vez, e de João Doria, prefeito eleito da capital de São Paulo. O senador também ressaltou a boa votação que os tucanos receberam em cidades com mais de 200 mil eleitores.
“O PSDB está disputando o segundo turno em oito capitais do Brasil. Em São Paulo, foram eleitos em primeiro turno os candidatos do PSDB em Santos, São José dos Campos, Piracicaba, Campinas – PSB coligado com PSDB – e em Marília, onde um grupo político que hegemonizava o poder no município há 34 anos foi derrotado pelo nosso candidato”, disse.
Debacle petista
Na contramão do bom desempenho obtido pelos tucanos, o PT sofreu a pior derrota entre todas as legendas. Apenas 256 petistas foram eleitos prefeitos e sete disputarão o segundo turno. “O brasileiro derrotou o populismo rancoroso e divisionista do PT e seus satélites. Sua excelência, o povo, ao hipotecar novamente sua confiança na democracia, mandou às favas o cínico discurso do golpe” afirmou Aníbal.
“O PT está reduzido a uma expressão marginal. Enquanto nós crescemos 25,1% do ponto de vista de eleitores, o PT perdeu 60,9% dos seus eleitores, caiu de 17,5 milhões para 6,8 milhões. Isso é uma debacle que testemunha, mais do que qualquer conversa ou reflexão, a repulsa do povo brasileiro a um partido que nos mergulhou em uma situação que permanece grave”, complementou.
Para José Aníbal, essas eleições deixaram claro que o povo almeja um governo que melhore a vida das pessoas, distribua renda ou contribua para a distribuição de renda através de uma ação indutora da administração e livre a gestão do patrimonialismo, do corporativismo, da incompetência e da corrupção. “Os eleitores deram o recado aos eleitos. Eles querem gestões transparentes, eficientes, com acento fundamental na promoção da igualdade, na melhoria de condição de vida, na atenção à saúde, aos idosos, aos jovens, na criação de oportunidades. O povo demonstrou grande maturidade. Cabe a nós, como representantes, dar consequência prática ao desejo de mudança”, avaliou o senador tucano.
Reformas indispensáveis
Aníbal sustenta que o Parlamento precisa tocar com rapidez as reformas que são “indispensáveis” para que o Brasil saia da situação de desemprego e falta de expectativa em que se encontra hoje. “Os desempregados não podem esperar. As famílias que estão perdendo renda para a inflação também não podem esperar. As finanças públicas destroçadas também não podem esperar. Esse é o sentido de urgência da nossa ação. Temos agora essa mudança na Constituição estabelecendo um teto para os gastos públicos. é um avanço, mas é preciso ir além”, afirmou.
O senador tucano avalia que a população está disposta a esperar, desde que sinta que os parlamentares estão fazendo a sua parte para que o Brasil melhore o quanto antes. “Já no início do ano que vem, temos que ter um ambiente diverso que vá apontando na direção da retomada do crescimento”, atestou.
“Temos que organizar as contas públicas e fazer programas que sejam sustentáveis e atendam principalmente àqueles que mais precisam da ação do Governo, e não programas sustentáveis para acobertar má gestão e corrupção. Vamos trabalhar duro! Já estamos trabalhando! Algumas coisas já foram feitas, mas é preciso fazer mais, com mais sentido de urgência. O tombo foi muito forte”, completou José Aníbal.
https://www.youtube.com/watch?v=lvp5sOC9mzEFoto: Gerdan Wesley