Consciência Negra hoje e sempre
Comemora-se nesta terça-feira, 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra. Essa data foi criada em 2003 pela Lei nº 10.639 e tornou obrigatório, a partir de então, o ensino da História da África e dos afrodescendentes no Ensino Fundamental e Médio. Essa lei está chegando aos dez anos e seu maior desafio é o da superação do racismo na educação.
Esse dia marca o aniversário da morte de Zumbi ocorrida há 317 anos. Zumbi nasceu na cidade alagoana de Palmares, hoje chamada de União dos Palmares, localizada na zona da mata, banhada pelo Rio Mundaú, na microrregião Serrana dos Quilombos, a 80 km da capital, Maceió.
Zumbi, considerado o símbolo da resistência contra a escravidão, liderou os quilombolas nos combates contra os bandeirantes, e morreu aos 40 anos de idade na serra Dois Irmãos, em Pernambuco, depois de ser barbaramente perseguido.
A Abolição da escravatura só veio a ser decretada 193 anos após a morte de Zumbi. As distorções da escravidão ainda hoje são marcantes na sociedade brasileira, tanto em termos de oportunidades, desigualdades na educação e no mercado de trabalho, como em atos de racismo, preconceito e discriminação.
Por isso a importância do dia da Consciência Negra: não só uma data para reflexão sobre o passado e a história, mas uma oportunidade de celebrar a contribuição inestimável da África para a formação da cultura brasileira, e, principalmente, por meio da educação, de emancipar as novas gerações dos preconceitos que protelam o acesso a direitos fundamentais e dão longevidade às injustiças.