PSDB-Mulher, Instituto Teotônio Vilela e Fundação Konrad Adenauer promovem seminário para fomentar atuação de vereadoras tucanas eleitas em 2016
Com o objetivo de capacitar as tucanas a terem mais voz e poder, não apenas dentro do PSDB, mas em toda a estrutura política, econômica e social do País, o PSDB-Mulher, o Instituto Teotônio Vilela (ITV) e a Fundação Konrad Adenauer promovem nesta sexta-feira (14) e no sábado (15), em São Paulo, o seminário “Legislativo Municipal: Atribuições e Reflexões para vereadoras”.
Durante os dois dias de curso as vereadoras eleitas pelo PSDB em 2016 terão palestras sobre “ética, Responsabilidade e o papel da vereadora”; “Estratégias de argumentação e excelência na liderança política”; “Ferramentas para um mandato mais participativo e transparente”; “Utilização das ferramentas do Processo Legislativo” e “Políticas Públicas no contexto do Poder Legislativo”. As tucanas também vão trocar experiências entre si e falar sobre os desafios e as boas práticas de gestão dos municípios em que atuam.
A abertura do curso, realizada na tarde desta sexta-feira (14), contou com as presenças de Solange Jurema, presidente nacional do PSDB-Mulher, Marina Caetano, coordenadora de Projetos da Fundação Konrad Adenauer, Nancy Thame, vereadora e presidente do PSDB-Mulher de São Paulo, José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, e também a do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin.
A presidente nacional do PSDB-Mulher, Solange Jurema, disse que essa discussão entre as vereadoras deve servir para conscientizá-las da importância de seus papéis, “uma vez que a ausência de políticas públicas eficientes recai na maioria dos casos sobre as mulheres”, avalia.
Reformas
José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, falou às vereadoras sobre a importância das reformas para o Brasil. “As reformas Trabalhista, já aprovada, e a da Previdência são cruciais. A trabalhista vai facilitar a geração de mais empregos e a da Previdência precisa ser feita para combater privilégios e dar sustentabilidade ao sistema de aposentadorias. Se não fizermos nada, nossa Previdência pode se inviabilizar, como já acontece no Rio de Janeiro, onde não há dinheiro para pagar aposentados e pensionistas”, explicou.
Para o presidente do ITV, crises são também momentos de grandes oportunidades. “Precisamos aproveitar esse momento e fazer encontros para discutir os grandes desafios do Brasil. Está faltando um pouco de coragem a nós do PSDB para explicar a importância dessas reformas às pessoas”, afirmou.
O governador Geraldo Alckmin também defendeu a aprovação de reformas, em especial a reforma do sistema político. “Precisamos descentralizar a gestão no Brasil. Não pode ser tudo dependente de Brasília. Temos que fortalecer governos locais. O século XIX foi o século dos impérios, o século XX o dos países e o século XXI é o das cidades”, disse.
Segundo Alckmin, o Poder Legislativo precisa ser mais valorizado e, no âmbito dos partidos, “tem que começar tudo de novo”, pois quase todas as siglas estão desacreditadas pela sociedade. “Nosso modelo está completamente errado, temos 35 partidos. Isso confunde as pessoas. Temos que fazer avançar nos próximos dois meses uma reforma do sistema político já para as eleições de 2018, senão teremos mais 4 anos perdidos”, afirmou.
O governador paulista deixou como sugestões de aprimoramento do processo eleitoral a proibição de coligações nas eleições proporcionais e a adoção do modelo distrital misto para as votações, o que, segundo ele, já aumentaria muito a representatividade, fortaleceria os partidos e reduziria o custo das campanhas.