Militância impulsiona pré-candidatura de José Aníbal
“Quem está aqui, está por convicção, está porque sabe o que é melhor para São Paulo”, disse tia Lena, militante de Itaquera
Na presença de mais de 500 militantes e filiados do PSDB, o deputado federal José Aníbal lançou na noite de segunda-feira, 10 de outubro, sua pré-candidatura a prefeito de São Paulo. “Saio daqui convencido pela presença de vocês que será uma forte caminhada. Conto muito com vocês”, disse o agora pré-candidato. Entre os militantes, parlamentares e representantes de diversas comunidades e bairros da Capital.
Entre os participantes do evento, realizado na sede do Diretório Estadual do PSDB, representantes de movimentos sociais e militantes do partido nos bairros de Butantã, Jabaquara, Rio Pequeno, Bela Vista, Parelheiros, Grajaú, Mooca, Perdizes, Itaquera, Brasilândia, Tucuruvi, Saúde, Perdizes, Campo Limpo, Capão Redondo, Guaianazes, Ipiranga, Lapa, Ermelino Matarazzo, Jardim São Luis, Tucuruvi, Casa Verde, Parelheiros, Cidade Ademar, Jardim Helena.
A primeira a discursar foi “tia” Lena, militante do partido em Itaquera: “Quem está aqui, está por convicção, está porque sabe o que quer, sabe o que é melhor para São Paulo e para o nosso partido”, disse, emocionada, se dirigindo a José Aníbal.
Entre a militância personalidades como Osmar Santos, a voz das “Diretas Já”, e lideranças do partido como o presidente do Diretório Estadual, Pedro Tobias, o presidente do Diretório Municipal, Julio Semeghini, os deputados estaduais Samuel Moreira, Celso Giglio e Orlando Morando, os secretários estaduais e deputados Edson Aparecido, Sílvio Torres e Bruno Covas, além dos vereadores Tião Farias, Aurelio Nomura. Adolfo Quintas e Salomão “dos Taxistas”.
“O PSDB é um partido que faz o que precisa ser feito. As prévias vão apurar mais que uma candidatura, vão apurar um plano para São Paulo”, disse José Aníbal ao elencar alguns projetos prioritários para a cidade. “Nós não almejamos poder pelo poder, não é, não foi e não será a nossa marca. A nossa marca é fazer o que tem que ser feito.”
De acordo com ele, São Paulo tem bons desafios e é necessário se construir soluções, dentre elas um fortalecimento das administrações regionais. “A cidade de São Paulo tem uma enorme dificuldade de ouvir sua população do ponto de vista institucional. Temos 31 subprefeituras com uma capacidade de interlocução com a cidadania que tende a zero. Vamos ter que repensar a gestão da cidade de São Paulo, prá valer, vamos ter que dar mais competência e capacidade de gestão não a subprefeituras, mas a prefeituras distritais”. Na sua opinião, “desta forma se poderá atender com mais rapidez e efetivade a população”.
Para reforçar a necessidade de se ouvir a população e a militância na formatação de políticas públicas, o deputado relembrou proposta que recebeu recentemente durante palestra numa universidade. “Uma senhora me procurou e sugeriu a instalação de núcleos para induzir o investimento em cada uma das subprefeituras.”
Para o deputado, “isso mostra que, com a disposição ao diálogo”, as propostas e idéias aparecem.
Ainda de acordo com ele, São Paulo tem alguns desafios que se arrastam sem solução. “A cracolândia, por exemplo. Tem que ser Tecnolândia, Artelândia, Lazerlândia. Tem que resolver isso já. Nós vamos resolver.
“Tem que ter ousadia, não é empurrar com a barriga e esperar uma solução.” Outra questão desafiadora é a implantação de um novo centro de exposições e eventos, “compatível com a cidade mundial que é São Paulo”. “O último equipamento desse tipo que São Paulo fez foi o Anhembi há 40 anos.”
José Aníbal defendeu a construção de um novo centro, com capacidade para atender eventos internacionais. “Temos hotelaria, temos gastronomia, temos lazer e estrutura. O que é que falta? Falta um poder público com decisão de fazer o que precisa ser feito. E nós vamos fazer”.
O pré-candidato defendeu ainda a abertura de Centros de Referência do Idoso em toda cidade, à exemplo do que o então governador Mário Covas levou para São Matheus. “Nós vamos fazer CRIs em vários pontos de São Paulo”
Creches
“Não é possível continuar falando que São Paulo tem mais de 100 mil crianças fora das creches. Não é possível que não se resolva isso”, disse. Para Aníbal, uma cidade com a capacidade econômica de São Paulo deve buscar formas para solucionar o problema. “Que se faça parcerias. Chama para o jogo as empresas, busca combinações para se colocar essas 100 mil crianças na creche”.