Business is booming.

Líderes do PSDB defendem políticas públicas para fortalecer economia criativa

0

Com o propósito de debater alternativas para o desenvolvimento e a geração de empregos, o Instituto Teotônio Vilela (ITV) promoveu na sexta-feira (08/07), em São Paulo, o seminário “Repensando as Cidades – Economia criativa como estratégia de crescimento”. O evento reuniu os especialistas do setor Lídia Goldenstein, o espanhol Jordi Pardo, Ana Carla Fonseca e Guilherme Cavalcanti. A abertura do encontro foi feita pelos senadores José Aníbal, presidente do ITV, Aécio Neves, presidente do PSDB, e pelo governador de São Paulo Geraldo Alckmin.

O senador José Aníbal considerou o evento como “uma das mais importantes iniciativas do ITV”.

Economia criativa é um dos setores da economia que cresce de forma mais rápida no mundo. Segundo a ONU, o comércio de bens e serviços criativos permaneceu robusto, apesar do declínio do comércio global após a crise financeira mundial, refletindo o potencial da economia criativa para impulsionar o crescimento econômico, particularmente nos países em desenvolvimento. O comércio mundial de bens e serviços criativos se duplicou entre 2002 e 2011. Ao mesmo tempo, a criatividade e a cultura possuem também um valor não monetário significativo que contribui para o desenvolvimento social inclusivo, o diálogo e o entendimento entre os povos.

Para o presidente do ITV, economia criativa, grosso modo, é investir em uma ideia que pode se transformar em um negócio. “Maquiavel explica de maneira genial. Há séculos ele aconselhou o príncipe a agregar conhecimento, a buscar o saber a serviço do fazer. Para mim, o grande desafio da humanidade é acentuar isso. O DNA de São Paulo tem um pouco disso, não à toa o estado fez a primeira universidade do Brasil, a USP”, sintetizou o senador.

No Brasil, as potencialidades para expansão da participação da economia criativa no PIB nacional ainda não foram desenvolvidas de maneira satisfatória. Apesar disso, a modalidade representa 2% do nosso PIB. Na Inglaterra, essa participação é de 8.2%, e em Berlim, 20%.

“Não temos um sistema estruturado de informações para ofertar saídas e soluções para os gargalos das empresas e o consequente crescimento dos negócios criativos. é preciso dar cada vez mais importância à inovação e à tecnologia no Brasil. Os tempos são outros. Hoje, setores que envolvem a criatividade e a inovação, como startups, crescem o dobro da média do crescimento da economia. São Paulo, com 350 mil trabalhadores nessas áreas, e o Rio de Janeiro, com 107 mil, são os estados que mais se destacam em nosso país”, encerrou José Aníbal.

Brasil precisa avançar
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, defendeu políticas públicas voltadas para alavancar o setor da chamada economia criativa, que abrange profissionais das áreas de tecnologia e inovação, cultura, mídias, turismo e moda. O setor responde hoje por 2,7% do PIB brasileiro.

Na abertura do seminário, Aécio ressaltou que são empresas e profissionais essenciais para ampliar a geração de renda e emprego no Brasil e que empreendem hoje sem o necessário apoio governamental.

“A economia criativa já é responsável, no Brasil, – e trouxemos esse tema já na campanha eleitoral – por algo em torno de 3% do PIB. Gera em torno de 900 mil a um milhão de empregos diretos, sem que haja hoje ainda políticas públicas sólidas que estimulem o setor nas suas mais variadas manifestações e vertentes”, ressaltou. O presidente do PSDB afirmou que é preciso ampliar o acesso dos profissionais do setor a linhas de financiamento, desburocratizar a legislação tributária e a inclusão da economia criativa no currículo escolar para mostrar aos jovens que a atividade é um importante instrumento de desenvolvimento econômico.

PSDB na vanguarda
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, destacou o papel do PSDB como partido de vanguarda e de inovação, um partido que sempre está à frente do debate sobre boas propostas para o país. “E agora temos essa importante contribuição do ITV numa das questões mais relevantes do ponto de vista social e econômico, porque estamos falando de geração de empregos”, disse. “Em algumas cidades não há crise, porque são pólos de música, cinema, atividades de publicidade. é impressionante como a economia criativa consegue superar as adversidades”, completou.

Alckmin falou ainda sobre duas experiências de sucesso em São Paulo: a criação da UNIVESP (Universidade Virtual do Estado de São Paulo) e os cursos técnicos que estão sendo implementados pelo Instituto Paula Souza. “Hoje, o ensino superior chega aos 645 municípios paulistas, com cursos de licenciatura e engenharia. No Paula Souza, são cursos voltados exatamente para a economia criativa, na área de tecnologia, vitrinistas, grafiteiros, entre outros”, completou.

Confira como foram as palestras com os especialistas Lídia Goldenstein, Jordi Pardo, Ana Carla Fonseca e Guilherme Cavalcanti aqui!