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José Aníbal fala sobre o debate político e a retomada do crescimento durante o 9º Congresso de Fundos de Investimento

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“O debate político e a retomada do crescimento” foi tema de um dos painéis do 9º Congresso da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o maior e mais importante evento do mercado de Fundos de Investimento, realizado nos dias 10 e 11 de maio, na Bienal de São Paulo. O presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV), José Aníbal, foi um dos convidados para debater o assunto nesta quinta-feira (11).

Segundo Aníbal, o Brasil voltou a ter uma ação política virtuosa e eficiente desde o impeachment de Dilma Rousseff, pois elaborou uma agenda e busca dar eficácia a ela. “Há 12 meses o país voltou a ter governo, política econômica. O Congresso já aprovou PEC do Teto, mudança na lei do pré-sal e estamos votando agora duas reformas cruciais para a volta do crescimento, a trabalhista e a previdenciária”, afirmou.

O presidente do ITV avaliou que falta uma melhor comunicação em relação à importância das reformas propostas pelo governo e cobrou coragem dos políticos para defendê-las junto à população. “O Congresso precisa mostrar mais serviço, conversar com a sociedade, com os meios de comunicação, explicar porque a reforma da Previdência é inadiável, mostrar que ela está sendo proposta para dar sustentabilidade ao sistema. Falta dialogar mais e com maior clareza”.

Em relação à reforma Trabalhista, José Aníbal disse que a legislação atual precisa ser atualizada para estimular a geração de empregos. “A CLT é de 1943, do tempo do bonde aberto e da lamparina, ficou ultrapassada. O mundo mudou, evoluiu, as relações trabalhistas também mudaram, é preciso mostrar isso à sociedade. A reforma não retira direitos do trabalhador”, completou.

José Aníbal afirmou que confia na aprovação das propostas. “Acredito que vão passar. O PSDB apoia ambas”. Para o presidente do ITV, logo após a tramitação dessas matérias, o governo vai precisar propor ainda este ano “uma simplificação do sistema tributário”, e do ponto de vista imediato, “ter uma ação mais eficiente na área microeconômica”.

Já sobre uma reforma do sistema político, outro tema bastante cobrado pela sociedade, Aníbal defendeu a cláusula de barreira e o fim das coligações nas eleições proporcionais, propostas que já tramitam no Congresso Nacional. “Vão ajudar a mudar essa promiscuidade nos partidos. Outro ponto que precisa ser revisto é sobre o financiamento das campanhas. O custo das eleições no Brasil é insustentável”, disse. “Acredito que uma reforma política de fato virá somente após as eleições de 2018. Até lá, é preciso recuperar a racionalidade do processo político, com menos agressividade e rudeza e mais fluidez”, complementou José Aníbal.