José Aníbal discute infraestrutura na FIESP
Convidado pela Comissão de Infraestrutura, secretário falou sobre política energética
O secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, proferiu uma palestra sobre a política energética do governo paulista na manhã desta quinta-feira, dia 7, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Além do secretário, compunham a mesa o presidente da Comissão de Infraestrutura da FIESP, Fernando Xavier Ferreira, o ex-senador e ex-ministro de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, o diretor do Departamento de Infraestrutura da Fiesp e membro do Conselho Estadual de Política Energética, Carlos Antonio Cavalcanti, e o secretário-adjunto da secretaria de Energia, Ricardo Achilles.
José Aníbal abriu a palestra discutindo a importância da recriação da pasta de Energia num cenário em que já começam a faltar energias limpas e renováveis. Depois, discorreu sobre a saúde financeira das empresas estatais de energia, Cesp e Emae, além da expectativa da renovação das concessões das hidrelétricas das companhias estaduais pelo Governo federal.
Outro assunto debatido foi o acompanhamento permanente dos investimentos em manutenção da rede elétrica por concessionárias de transmissão e de distribuição de energia. “é inadmissível que hajam tantas interrupções no fornecimento de energia nos verões de 2012 e 2013 como houve no mesmo período deste ano”, disse José Aníbal.
No quesito sustentabilidade, José Aníbal descreveu os desafios contidos na Lei Estadual de Mudanças Climáticas, que prevê, para 2020, a redução das emissões de CO2 em níveis até 20% dos patamares registrados no ano de 2005.
José Aníbal também lembrou que a Petrobras assinou um termo de ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Público Federal, que prevê a redução do particulado poluente presente no óleo diesel. Hoje, o diesel da empresa contém 550 partículas de enxofre por milhão. A idéia é que caia para 50 ppm, embora o ideal seria cerca de 10 ppm.
No que tange às fontes renováveis, José Aníbal reafirmou a meta de trocar ou modernizar pelo menos 15 caldeiras das usinas de geração de energia a partir do bagaço da cana por ano. Para isso, o governo estuda criar um diferimento do ICMS. O secretário afirmou também que a Secretaria tem a intenção de criar um curso de gestores em eficiência energética em pareceria com as Etecs e Fatecs do estado, afinal, há carência desses profissionais no mercado.
Carlos Antonio Cavalcanti, diretor do Departamento de Infraestrutura da FIESP, elogiou as prioridades defendidas pelo secretário. “O governador Alckmin acertou na escolha de políticos competentes e experientes para a área de infraestrutura. Eles trazem dinamismo e diálogo”, disse. O presidente da Comissão de Infraestrutura, Fernando Xavier Ferreira, fez coro ao colega. “Parabéns ao secretário. Três meses à frente da pasta e já tem uma visão holística de todo o sistema”, disse.