José Aníbal destaca sua trajetória política em entrevista à Folha de Vila Prudente
Matéria publicada nesta sexta-feira (28/09) na Folha da Vila Prudente
O economista José Aníbal (PSDB) foi o vereador mais votado do Brasil em 2004, com 167 mil indicações nas urnas; soma cinco mandatos como deputado federal e também passou pelo Senado. No Governo do Estado foi secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico – período em que priorizou a expansão do ensino profissionalizante com a construção de novas Escolas Técnicas (ETEC’s) e Faculdades de Tecnologia (FATEC’s), entre elas, a primeira FATEC da Zona Leste. Assumiu ainda a Secretária de Energia. É essa experiência que pretende levar de volta à Câmara dos Deputados.
“O pedido para me candidatar mais uma vez a deputado federal partiu especialmente do prefeito Bruno Covas e depois do Geraldo Alckmin, do Fernando Henrique e do José Serra”, explicou durante visita ao Círculo de Trabalhadores de Vila Prudente na quarta-feira, dia 26, quando foi recebido pelo presidente da entidade e da Folha, Newton Zadra.
Da experiência na Câmara, Aníbal destaca que, como líder da bancada do PSDB, defendeu o fim das aposentadorias especiais para deputados federais. A iniciativa foi decisiva para a extinção do Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC) em 1997. “Tenho 67 anos e sou aposentado há dois anos pelo INSS, ganho R$ 4.500 por mês. Resultado das contribuições dos anos de trabalho. Não tenho privilégio na aposentadoria”, completa. Se eleito, afirma que continuará engajado na questão. “Precisamos garantir a sustentabilidade da Previdência e criar um sistema público único de aposentadoria para todos”.
Aníbal demonstra preocupação com os rumos do país. “O Brasil precisa voltar a crescer. Essa é a grande questão hoje. Se não houver esse crescimento a partir do próximo ano, será um desastre. Mas, o que está prevalecendo na eleição são dois extremos. A primeira condição de um presidente no Brasil é que ele recupere a confiança e a credibilidade, com um país tensionado dessa forma é difícil de acontecer”, afirma.
Sobre o fato de Alckmin ainda não ter crescido nas pesquisas, Aníbal afirma que “eleitor não está valorizando o que foi feito em São Paulo nos últimos anos”. “Quando o Mario Covas assumiu em 1995, eram 41 hospitais estaduais hoje são 101. No Rio Grande do Sul, que é o segundo a ter mais hospitais estaduais, são apenas três. O Rio de Janeiro tem dois”, compara. “O povo está enfadado. A crise é tão forte que o desejo é que tudo mude logo, mas com um candidato inexperiente ou um partido que tem a sede de voltar ao poder por ódio, a situação tende a se agravar”, argumenta. “Vou lutar até o último dia para que o Alckmin vá para o segundo turno”. (Kátia Leite)