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Belo Monte é alvo de críticas durante Rio+20 Popular

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Belo Monte é alvo de críticas durante Rio+20 Popular

Secretário de Energia defende energias renováveis como alternativa à exploração hidrelétrica da Amazônia

O secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, defendeu as energias renováveis como alternativa à exploração hidrelétrica na Amazônia em sua palestra durante o Seminário Rio+20 Popular, no último domingo, dia 30 de outubro, no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo.

José Aníbal começou sua palestra logo após as duras críticas do cacique Kunué Kalapalo ao Governo Federal por causa da usina de Belo Monte, no rio Xingu. De acordo com o cacique, 45 mil pessoas que dependem do Xingu serão prejudicadas pela usina, cujo custo segue extrapolando cada vez mais o orçamento original.

“Enquanto isso, Cacique, São Paulo tem o maior programa de bioeletricidade do mundo. Em quatro anos vamos gerar tanta energia quanto Belo Monte, mas a custo ambiental zero. é a energia do bagaço de cana, que o Governo de São Paulo tem estimulado fortemente. Ela é competitiva, limpa e abundante justo no período de seca nos reservatórios das hidrelétricas”, disse o secretário José Aníbal.

Segundo José Aníbal, não adianta falar em sustentabilidade se não for alterado verdadeiramente nosso atual modelo de desenvolvimento. “Isto passa por uma matriz energética cada vez mais limpa, mas também por alterações consideráveis em nossa matriz de transportes. São Paulo tem 15 mil ônibus rodando a óleo diesel. Isso tem que acabar”, disse.

Outra questão abordada foi a eficiência energética. José Aníbal lembrou que a economia é a maneira mais barata de se disponibilizar energia. “Estamos revendo todos os contratos públicos de energia. Podemos economizar muito nas repartições públicas. Outra solução é a energia solar. Vamos iluminar todo o parque Vila-lobos com energia solar. As alternativas estão aí. Só é preciso vontade política e ousadia”, comentou.

Além do secretário José Aníbal, estiveram presentes os deputados federais Mendes Thame e Ricardo Trípoli, ambos do PSDB, o indigenista Noel Villas-Boas, o cacique Kunué Kalapalo, além de Rosalvo Salgueiro, representante dos Movimentos Populares do PSDB.