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A Terezinha do PT

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“Eu estou aqui para confundir. Eu não estou aqui para explicar”. A frase de Chacrinha, comunicador extraordinário, ajuda muito no entendimento do que quer o combalido presidente do PT, Rui Falcão, para o que resta de governo Dilma em 2016. Quer “uma pauta econômica que devolva à população a confiança perdida após a frustração de seus (do governo) primeiros atos”.

A esquizofrenia de Falcão é compreensível. Como todos principais chefes do projeto autocrático (bolivariano não é apropriado para nosotros. Temos poderes e instituiçães consolidadas, funcionando) de poder do PT, a dura realidade do colapso do “modo petista de governar ” pode ser revertida por pautas e atos de um governo ao qual resta apenas autoridade formal.

Falcão não é bobo. Sua ficha já caiu. O que ele e os seus querem é patentear posicionamentos que “justifiquem” o distanciamento de Dilma. A batalha atual já dão como perdida. Se vão perdê-la, que tenham, pelo menos, o benefício da dúvida. Afinal, pediram juros baixos, mais empregos e investimentos. Não têm a coragem de dizer como, porque sabem que mesmo com uma Agenda Positiva e um governo com credibilidade, vai ser difícil. Cabe a nós mostrarmos que os responsáveis por esta malandragem são os mesmos que quebraram o Brasil, aparelhando e corrompendo toda a máquina pública.

Confio na mudança em 2016. Sem Dilma, Lula e o PT, o Brasil merece e deve voltar a crescer. Neste final de ano de desalento, esse sentimento vai crescendo e se espraiando entre os brasileiros. Não vamos aguentar repetir 2015 em 2016. Estamos todos exauridos.A passos largos, a indignação dos brasileiros se transforma em revolta, diante desse persistente compromisso com o erro que empurra o país para o abismo. Pior ainda, a tentativa de reincidência é de um partido e de um governo devastados pela incompetência, pela gestão ruinosa e por transgressães como nunca antes se viu na historia deste país – para relembrar uma bordão para saudar feitos que agora, vemos, não passavam de propaganda enganosa, puro marketing.

No instigante artigo publicado pelo Globo de 29/12/15, “O nacional-estatismo nas cordas”, Daniel Aarão Reis, professor da UFF, conclui: “Mas o fato é que, a depender de suas respostas, o nacional-estatismo, agora nas cordas, poderá conhecer um outro eclipse histórico”. é o que desejamos e pelo que estamos trabalhando junto à grande maioria dos brasileiros.

E que venha 2016. Viva!

PS 1 – Pensei em responder o artigo de André Singer na Folha de 26/12/15, “Seletividade”. Mas, de forma muito bem fundamentada, Reinaldo Azevedo já o fez, convincente e contundente, em seu blog, no mesmo dia: “Desconstruindo as mistificaçães de um intelectual petista em coluna de jornal”.

PS 2 – Animadores os sinais de que a Reforma Política pode voltar ao centro de uma agenda crucial para o país, inclusive com o Parlamentarismo. No Instituto Teotônio Vilela (ITV), fundação ligada ao PSDB e voltada para o debate e construção de políticas públicas, estamos trabalhando para realizar encontros e seminários compartilhados com outros institutos e movimentos da sociedade.

José Aníbal é presidente nacional do Instituto Teotônio Vilela e senador suplente pelo PSDB-SP. Foi deputado federal e presidente nacional do PSDB.