Governo sem confiança

O governo Dilma Rousseff coleciona dados econômicos negativos. De acordo com as previsões, o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá apenas um pouco acima de 1%, contra os 2,5% do ano passado. A expectativa de mais um PIBinho é assustadora, na avaliação do deputado José Aníbal (SP). Segundo ele, os números confirmam a falta de credibilidade da política econômica adotada na gestão da petista.

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“Esse governo não tem mais confiança, credibilidade e não desperta esperança de que venha mudar o seu modo de agir. Nos últimos dois anos o PT levou o Brasil a graves crises em matéria de gestão e de desempenho da economia”, afirmou o tucano nesta sexta-feira (18).

Três dados preocupantes foram divulgados ontem. Primeiro, o indicador de atividade econômica calculado pelo Banco Central (IBC-Br) registrou em maio o pior desempenho dos cinco primeiros meses do ano, uma retração de 0,18% na comparação com abril. A queda foi puxada pelo fraco desempenho da indústria e comércio.

Em segundo, o Ministério do Trabalho informou que a criação de empregos formais foi a menor para um mês de junho desde 1998 – foram geradas 25.363 novas vagas. No primeiro semestre, foram 588.671 novos postos com carteira assinada, menor saldo para esse período do ano desde 2008 (397.936 vagas).

Por fim, o setor de serviços, segundo dados do IBGE, registrou em maio a segunda menor taxa de crescimento na série do instituto. Sem descontar a inflação, o faturamento cresceu 6,6% na comparação com maio de 2013, maior apenas do que os 6,2% de abril. Considerando a inflação em 12 meses, o avanço foi quase nulo.

José Aníbal afirmou que os números revelam a “drástica gestão” de Dilma na economia. Para o deputado, o crescimento do país está estagnado. “Isso tem que mudar. O Brasil precisa de um governo que desperte a confiança, assegure as regras do jogo e estimule o investimento para geração de emprego e renda para os trabalhadores brasileiros.”

Dilma deve fechar seu mandato com o pior ritmo de crescimento da economia desde Fernando Collor. A própria equipe presidencial avalia que os maiores inimigos de Dilma são o desempenho econômico e a inflação. Para o tucano, o Brasil precisa voltar a crescer. Segundo o parlamentar, a única alternativa para que isso ocorra é a mudança do governo.

“Esse é um governo em fim de linha e o que fizer agora só vai piorar”, apontou. “A atual gestão há dois anos se movimenta exclusivamente com vistas à reeleição. Erraram fragorosamente e impuseram prejuízos imensos ao país”, acrescentou.

O deputado destacou que a presidente da República não está à altura dos desafios e das necessidades do país. “O Brasil precisa crescer, se desenvolver, garantir oportunidades de trabalho e qualificação profissional, sem demagogia, mas com ações efetivas”, ressaltou.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)