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José Aníbal encaminha seu voto favorável ao impeachment de Dilma Rousseff em discurso no Senado

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Em discurso realizado no Senado nesta terça-feira (30), o senador José Aníbal defendeu mais uma vez o impeachment de Dilma Rousseff pelos crimes de responsabilidade fiscal que lhe são imputados. Para ele, a saída definitiva da presidente afastada reafirma a justiça e a democracia no Brasil, pois os governos do PT tomam o improviso como regra nas contas públicas e ignoram a responsabilidade fiscal.

“Essas práticas contábeis criativas e delituosas são abomináveis. Elas iludem as pessoas, os cidadãos de boa-fé. Não é pouca coisa. Ontem, Dilma tentou, pela repetição de frases feitas, banalizá-las. Vocês sabem até onde a banalização do mal pode levar uma nação. Banalizar é admitir, é conceder, é conviver com o mal. O impeachment, nesse sentido, é uma ação de defesa do Estado Democrático de Direito contra a depredação institucional e fiscal capitaneada pela presidente Dilma”, afirmou Aníbal.

O senador reiterou suas críticas à falta de humildade da presidente em admitir seus graves erros na condução da política econômica do País. “No campo econômico, na visão da presidente afastada, o inferno são os outros. Isso talvez ajude a entender a arrogância e a falta de humildade, linhas mestras na atuação da Presidente afastada na sessão de ontem. No seu mundo de fantasia, a culpa de todos os nossos males, tão simples quanto isso, é da crise internacional, dos críticos do governo, de qualquer um, menos dela. O quadro econômico é o pior em muitas décadas”.

Em relação à recuperação do País pós-Dilma, Aníbal traçou o diagnóstico que julga “pronto” para retomar o crescimento do Brasil. “Nós temos que trazer para dentro do Congresso Nacional o povo que sofre com esse desastre. Daqui em diante, nosso dever é trabalhar para o Brasil tirar o pé do buraco. A receita para curar o doente está posta: completar o ajuste das contas, expandir o comércio exterior, equilibrar juros, câmbio, fazer concessões, retomar o crescimento da economia e, com ele, recuperar a renda e o emprego”.

Por fim, o senador cobrou “grandeza” do Congresso para as votações das reformas e projetos que visam retomar a confiança e a credibilidade. “Duzentos e seis milhões de brasileiros esperam de nós, a partir de amanhã, grandeza. Não devemos excluir ninguém, nem privilegiar ninguém. O Parlamento nacional não pode e não deve, por suas decisões, agravar desigualdades. Vamos contribuir com nossos votos para fazer do Brasil um país mais justo, mais igual, um Brasil de oportunidades promovidas pela educação, pelo trabalho, pela ação do Estado. Este processo que estamos vivendo aqui e a Lava Jato mostram o quanto é forte a democracia brasileira. A justiça das leis, iguais para todos, deve ser também a justiça social e a dignidade para todos os cidadãos brasileiros. Viva a democracia!”

Foto: Gerdan Wesley

Confira aqui o vídeo do discurso!