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Uma votação a favor do Brasil

Artigo publicado nos jornais da Associação Paulista de Jornais - APJ

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A Câmara dos Deputados concluiu a votação da chamada PEC do Teto. Agora, o Senado vai fazer o mesmo até dezembro. Tenho certeza de que será aprovada. é um passo enorme para sair da grave crise que devastou as contas públicas e jogou a economia na pior recessão da história: queda de mais de 6% no biênio 2015/16. Uma paulada que destrói empresas, derruba investimentos e provoca tsunami de desemprego.

Os adeptos do lulopetismo, afastados após a pilhagem movida por corrupção e incompetência, divulgam mentiras sobre a PEC e repetem o jogo do quanto pior, melhor. é desespero de ver que vamos tirar o Brasil da crise que eles criaram. Não vão ter sucesso. Nem trabalhadores nem os 22 milhões de brasileiros que estão sem trabalho – e são os que mais precisam da ação corajosa do governo e do Congresso – estão contra a PEC. É a tal história: os cães ladram e a caravana passa…

A PEC define regra básica: o governo federal não poderá gastar no ano seguinte mais do que o Orçamento do ano anterior corrigido pela inflação. Isso é necessário porque a gastança do PT foi enorme e a dívida estava ficando impagável. O Brasil ia quebrar. Com a nova regra, o Orçamento de 2017 vai ser igual ao de 2016, acrescido da inflação de 7%. Será assim nos primeiros dez anos, e poderá haver ajustes nos dez anos seguintes. Nada de engessamento nem extinção de políticas públicas.

Também é mentira dizer que Saúde e Educação perderão verba. O percentual do Orçamento da União para a Saúde, que seria de 13,6% em 2017, subiu para 15%, com acréscimo de R$ 10 bilhões aos atuais recursos. Na Educação, mais de dois terços das despesas públicas são pagos por Estados e municípios e não estão em discussão na nova regra. O piso de 18% para o governo federal será o mesmo. Portanto, falar que a PEC tira dinheiro da Saúde e da Educação é tão verdadeiro quanto uma nota de R$ 3.

E mais: o Congresso pode realocar mais recursos para Saúde e Educação. Para isso, basta, por exemplo, cortar gastos e congelar salários de quem já ganha o teto do funcionalismo. Aliás, a imprensa tem revelado inúmeros exemplos de categorias que driblam esse teto.

O Brasil não aguenta mais irresponsabilidade fiscal e corrupção generalizada, e deixou isso claro nas eleições municipais ao rejeitar o populismo lulopetista e apoiar quem luta por um País com menos desigualdades e mais oportunidades. A PEC do Teto é o primeiro passo para isso. Outras medidas virão, para o País e o emprego voltarem a crescer. Este é o maior desejo dos brasileiros. é também o compromisso do Governo e da maioria do Congresso.

José Aníbal é senador da República (PSDB-SP) e presidente nacional do Instituto Teotônio Vilela. Foi deputado federal e presidente nacional do PSDB.